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Ter é Poder [Ep. 08/Temp. 02]

Episódio 8 - Ter é Poder “Quanto mais se tem, mais se gasta...” Eclesiastes 5:11 Fala a verdade: a sensação de ter algo novo é muito boa? Comprar o modelo mais novo de celular ou aquele vestido especial para o casamento, trocar de carro, ou até mesmo adquirir produto de marca. Para a maioria das […]


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Episódio 8 - Ter é Poder

“Quanto mais se tem, mais se gasta...”

Eclesiastes 5:11

Fala a verdade: a sensação de ter algo novo é muito boa? Comprar o modelo mais novo de celular ou aquele vestido especial para o casamento, trocar de carro, ou até mesmo adquirir produto de marca. Para a maioria das pessoas, isso dá uma sensação de prazer. Os neurocientistas estudam isso para entender como o cérebro humano reage quando o assunto é compras. Esse ramo do estudo se chama Neuromarketing.

Para você ter uma noção do poder que uma marca exerce sobre seu cérebro, em 2003, o pesquisador Read Montague realizou uma pesquisa com dois arqui concorrentes: Coca-Cola e Pepsi. Montague convidou 40 pessoas para o teste. Enquanto um tomógrafo media sua atividade cerebral, cada participante recebeu 35 amostras de refrigerante, sem saber de qual marca. Para a maioria delas, a Pepsi causou uma reação mais forte nos sentimentos de satisfação, mas, quando ele identificou claramente algumas das amostras como sendo de Coca-Cola, o resultado foi que, de repente, quase todos os participantes declararam que elas pareciam mais saborosas.

Por que somos assim? Por que valorizamos o que é mais caro ou mais conceituado pela sociedade? O psicólogo Antônio Carlos definiu que nosso desejo por adquirir cada vez mais tenha implicações com a necessidade de estabelecer relações de poder. Segundo ele, “nossa organização social nos ensina que para ser poderoso é preciso possuir objetos. ”O desejo de posse pode ser uma forma de compensar sensações de inferioridade que vivemos na infância”. Parte daí a vontade de mostrar, mais tarde, que somos fortes.

1. Você já comprou um objeto mais caro do que outro igual, só pela marca que ele carregava?

2. Você se considera uma pessoa consumista?

3. Qual a diferença de desejo e necessidade?

Quando olhamos para a vida de Jesus, aprendemos que Ter nem sempre é Poder. Isso foi demonstrado de forma bela pelo poema de James Allan Francis, que de forma profunda refletiu:

“Ele nasceu num vilarejo desconhecido. Então, durante três anos, foi um pregador itinerante. Nunca escreveu um livro. Nunca ocupou uma posição. Nunca teve uma família ou uma casa. Não frequentou a universidade. Nunca conheceu uma cidade grande. Não se afastou sequer 300 Km do lugar onde nasceu. Seus amigos fugiram e um deles chegou a negá-Lo. Foi entregue aos Seus inimigos e passou pelo escárnio de um julgamento. Foi crucificado entre dois ladrões. Quando morreu, foi sepultado num túmulo emprestado por um amigo misericordioso. Dezenove séculos se passaram, e hoje Ele é a figura central da raça humana. Todos os exércitos que já marcharam, todas as frotas navais que já navegaram, todos os parlamentos que já existiram e todos os reis que já reinaram, colocados juntos, não influenciaram a vida do homem como essa vida solitária.”

A vida de Jesus nos ensina que não é o que possuímos que vai determinar o que seremos na vida e a influência que deixaremos, mas sim, a forma como vivemos aqui na terra. Jesus sabia o que era prioridade e se dedicou a isso.

Quando definimos que Deus é o primeiro em nossa vida, pensamos muito bem antes de gastar nossos recursos. Devemos considerar se aquele recurso não está sendo mal utilizado, afinal, ele poderia está sendo usado para benefício do Reino de Deus.

O consumismo é o paraíso dos tolos que, com suas almas vazias, trocam

moedas por ilusões.

Jamesson Tavares