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Prólogo [Ep.1/Temp.01]

Episódio 1 – Prólogo “Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudade de Sião. Ali, nos salgueiros penduramos as nossas harpas; ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo: ‘Cantem para nós uma das canções de Sião!’ Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra […]


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Episódio 1 – Prólogo

“Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudade de Sião. Ali, nos salgueiros penduramos as nossas harpas; ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo: ‘Cantem para nós uma das canções de Sião!’ Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira? Que a minha mão direita definhe, ó Jerusalém, se eu me esquecer de ti!”

Salmos 137:1-5

Jerusalém, 605 a.C. A cidade está cercada. Não há mais escapatória para o nosso povo. Os babilônios, que massacraram os egípcios e devastaram as cidades da Filístia, agora se voltaram contra nós. Seu general, Nabucodonosor II, príncipe da Babilônia, conhecido entre nossos sábios como “O Perverso” , graças a sua crueldade abusiva, não terá piedade do nosso povo.

Contudo após receber a notícia do falecimento de seu pai, o rei Nabopolassar, Nabucodonosor precisa imediatamente abandonar o cerco e voltar ao seu país para reclamar o trono. Então, ele, traiçoeiramente, quebra o acordo de submissão oferecido por Jeoaquim, rei de Judá, e decide levar consigo 12 mil  jovens, membros da nobreza judaica, como cativos, dando início ao episódio mais traumático de nossa história: o Exílio.

Acorrentados e expatriados, esses jovens percorrerão mais de 1300 km por 5 meses , passando por regiões áridas e desérticas. Os que sobreviverem à jornada, serão assimilados pela corte real da Babilônia, vivendo no palácio como servos do rei.

Por mais misericordiosa que essa oferta soasse, ela não era de forma alguma despretensiosa. Tudo era parte de um plano para acabar com a linhagem real dos judeus. Os nobres, príncipes e candidatos ao trono de Judá, agora viveriam no palácio real, e facilmente seriam seduzidos pela suntuosidade e luxo da corte de Nabucodonosor. Eles deveriam receber nomes babilônicos, aprender o idioma da nação, idolatrar a sua cultura, comer a sua comida, cultivar a sua religião, apreciar a sua arte, aprender as suas canções (ver Daniel 1:3-7). A partir de agora, os nobres judeus serão filhos adotivos da Babilônia.

1.            Você já sentiu que não se encaixa neste mundo? Como isso afeta a sua comunhão com Deus?

2.            De que maneira os nossos relacionamentos com as coisas deste mundo podem nos fazer esquecer a nossa Jerusalém?

3.            Como viver, hoje, no mundo sem ser do mundo?

O plano do rei era simples, porém ousado: assimilação cultural. Aquela seria a última geração de nobres judeus que honraria Jerusalém e o seu Deus. De agora em diante, os melhores de Judá seriam cidadãos babilônicos. A memória de Jerusalém seria apagada. Bastaria apenas uma geração e a nobreza judaica se tornaria totalmente babilônica. Entretanto quatro jovens, entre aqueles 12 mil, resistiriam a isso: Ananias, Misael, Azarias e Daniel. Eles seriam a pedra no sapato do rei Nabucodonosor. [Continua...]

Quem não tem identidade vira cópia.

Odailson Fonseca