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Perdendo o Prêmio [Ep. 11/Temp. 02]

“Muito bom, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei.”
Mateus 25:21


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Perdendo o Prêmio

“Muito bom, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei.”

Mateus 25:21

Aconteceu na cidade de Conceição do Castelo no Espírito Santo. Waldomiro Leite mora sozinho. Ele vive sem computador, telefone celular, mas cercado de recordações. Ele é viúvo, não teve filhos e sempre trabalhou na roça. Seu Waldomiro plantava café e, após muito trabalho, acabou juntando muito dinheiro. Achava até que já tinha ficado rico. O problema é que seu Waldomiro não confiava nos bancos e guardava todo o dinheiro em casa, debaixo do colchão, em potes, no armário. E aí veio a mudança. Em 1994, o Brasil trocou de moeda, quando foi criado o real. Sem televisão e internet, seu Waldomiro não ficou sabendo. Resultado: quando ele foi avisado já era tarde demais. Perdeu tudo, e ele aprendeu que aquilo que não é utilizado é perdido.

Jesus também contou uma história de um homem que perdeu tudo. Você conhece bem. Está em Mateus 25:14-30: um homem se ausenta do país e entrega para três de seus servos, cinco talentos, dois talentos e um talento. No final da história, os 2 primeiros servos multiplicam os talentos, enquanto o último guarda na terra com medo do seu senhor. Ao retornar para sua terra, o senhor elogia os 2 primeiros, enquanto o último perde tudo o que guardou.

Talentos, dons, aptidões, a Bíblia fala muito deles. Há quem diga que ela traz uma lista de até 20 dons diferentes. Aprendemos na Bíblia que devemos conhecer acerca dos dons (I Coríntios 12:1), não desprezá-los (I Timóteo 4:14) e que o uso dos dons nos prepara para o céu (Mateus 25:14-30). Portanto, “se você tem um talento, use-o de toda maneira possível. Não o acumule. Não o use como esmola. Gaste-o abundantemente como um milionário decidido a ir à falência” (Brendan Francis).

Ora, mais para que serve os nossos talentos? Paulo diz que os dons são para aperfeiçoar a nossa vida e para a edificação da igreja (Efésios 4:12) e não para nossa exaltação, pois boatos dizem que no céu não teremos palcos e apenas um será exaltado: Deus.

1.            Discuta qual a diferença entre dom e um talento natural.

2.            Analise a lista de dons de I Coríntios 12:7-11, 28, Romanos 12:6-8 e Efésios 4:11-13 e responda: Há algum dom mais importante do que outro?

3. O que eu posso fazer para multiplicar os talentos que Deus me deu?

Na história contada por Cristo, fica claro que talento utilizado é talento multiplicado e que talento enterrado significa talento perdido. Pense bem: quando foi a última vez que você usou o seu dom para Deus? Erma Bombeck disse: “Quando eu estiver diante de Deus no final da minha vida, espero que não me tenha sobrado nem um pouquinho de talento, e eu possa dizer: ‘Eu usei tudo que o Senhor me deu’”.

Muitos se queixam porque não tem muitos talentos, mas lembre-se de que um talento na Bíblia equivalia a 6 mil denários. E o denário era o salário de um dia de trabalho, sendo assim, se você for atualizar para valores reais, um talento equivale a 196 mil reais. Ou seja, até mesmo um talento é muito valioso aos olhos de Deus.

Aquele que decide colocar Deus como Top of Mind entende que todos os seus dons são presentes de Deus e que utilizá-los para o Reino é primordial para chegarmos ao Céu, afinal, quando o Senhor voltar, todos nós queremos escutar: “muito bom servo bom e fiel. Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei, entra na alegria do teu Senhor” (Mateus 25:21).  

Ninguém pode chegar ao topo armado apenas de talento. Deus dá o talento; o trabalho transforma o talento em um gênio.

Ana Pavlova