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O Inquérito [Ep. 12] Graça

“Ninguém consegue cumprir esta Lei absurda!” – replicaram os rebeldes – “Uma lei que não pode ser obedecida não passa de mera farsa legal; é apenas uma boa desculpa para uma aniquilação global da humanidade. Somos contra a Lei porque somos a favor da vida”! Os líderes da rebelião argumentaram que, como nenhum humano poderia […]


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“Ninguém consegue cumprir esta Lei absurda!” – replicaram os rebeldes – “Uma lei que não pode ser obedecida não passa de mera farsa legal; é apenas uma boa desculpa para uma aniquilação global da humanidade. Somos contra a Lei porque somos a favor da vida”! Os líderes da rebelião argumentaram que, como nenhum humano poderia obedecer a Lei, seria mais sensato que ela nem existisse.

Pare para pensar, se nenhum de nós é capaz de cumprir a Lei, como ela pode fazer sentido? Se a Bíblia diz que “não há um justo, nem um sequer” (Rm 3:10) e que se alguém descumpre apenas um ponto da Lei se torna culpado de todos (Tg 2:10), por que observar a Lei, então? Se somos todos culpados, qual seria nossa esperança?

Essas dúvidas aparecem porque, na maior parte das vezes, nós interrompemos a nossa leitura do decálogo no último mandamento. Por isso, não percebemos que logo depois que a Lei é pronunciada, a próxima ordem de Deus é exatamente a construção de um altar de sacrifícios. É como se Deus dissesse: Lembrem-se que não são as Leis que me unem a vocês, nem que purificam vocês. Como disse o teólogo Roland De Vaux, é no altar que a aliança é conservada ou reestabelecida entre Deus e seu povo.

Anular a Lei criaria uma sociedade permissiva. A Lei estabelece um padrão, um referencial.

Sem ela, nem sequer poderíamos tentar construir um mundo melhor. A base da Lei é a misericórdia. Exatamente por isso, a construção do altar apontava para a singularidade do sistema legal celestial: caso você peque, alguém tem que pagar, mas esse alguém não é você. O Deus das oportunidades está disposto a assumir as consequências do nosso pecado e nos dar sempre uma nova chance de recomeçar.

1. Se eu não consigo cumprir a Lei, por que me sinto no direito de acusar os outros, que como eu, também não conseguem? Não seria isso desumano?

2. O que o fato de Deus sempre estar disposto a perdoar as nossas falhas nos ensina sobre a maneira como devemos viver e tratar o nosso semelhante?

3. Por que nos traz esperança saber que depois dos Dez Mandamentos há uma ordem para construção do altar de sacrifícios?

Estamos acostumados com um sistema legal punitivo. O descumprimento das leis deve resultar inevitavelmente em uma pena. Quando Deus instituiu suas Leis, contrariando a lógica do castigo, ele já estabeleceu o altar como local de perdão. Uma prefiguração da cruz de Cristo, o altar de madeira onde o Cordeiro de Deus foi sacrificado para nos reconciliar com o Pai, pagando a pena por nossa transgressão da Lei.

A rebelião foi então sufocada, o inquérito foi encerrado, o Rei foi inocentado. Assim que o juízo terminar, se você fizer a escolha certa, poderá desfrutar de um mundo perfeito onde a Lei de Deus será mantida para sempre. Mas há algo mais que você precisa saber. Por isso, não perca, na próxima semana, o emocionante final do inquérito.

Desafio Prático: Experimente a graça e o perdão de Deus passando isso adiante para outra pessoa.

 “Você errou? Freud Explica. Jesus perdoa!”

Diego Barros