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O Contador de Histórias [Ep 9] Orgulho e Preconceito

Um astuto intérprete da Lei tem uma pergunta para Jesus: “O que farei para herdar a vida eterna?” (Lc 10:25). A pergunta era estranha. O critério para que alguém herde algo é o DNA, e esse era o maior motivo de orgulho dos judeus. Jesus devolve-lhe a pergunta indagando o que estava escrito na Lei […]


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Um astuto intérprete da Lei tem uma pergunta para Jesus: “O que farei para herdar a vida eterna?” (Lc 10:25). A pergunta era estranha. O critério para que alguém herde algo é o DNA, e esse era o maior motivo de orgulho dos judeus. Jesus devolve-lhe a pergunta indagando o que estava escrito na Lei e como ele a interpretava(Lc 10: 26). Depois de fazer papel de bobo, mostrando que já tinha as respostas para a pergunta que havia feito, o homem então lança outra pergunta: “quem é o meu próximo” (Lc 10: 29)?

Respondendo a isso, o Mestre das histórias contou uma parábola que fez pesar o clima. Um judeu foi assaltado e ficou gravemente ferido, à beira da morte. Um sacerdote e um levita, autoridades de sua nação, ignoraram seu estado e, afastando-se dele, seguiram seu caminho. Entretanto, contrariando a lógica do preconceito, um samaritano se aproxima dele, cuida de seu estado e ainda financia o seu tratamento.

O Contador parecia ter ido longe demais. Os judeus se gloriavam de seu DNA, de seu pedigree. Eles eram filhos de Abraão, o pai da fé! Já os samaritanos, eram mestiços e sua religião era uma versão pirateada do judaísmo. Para os judeus, eles eram uma aberração da natureza, uma vergonha para os patriarcas. O que faz um samaritano como herói de uma história judaica?

O desfecho da parábola é ainda mais perturbador. A questão levantada pelo intérprete da Lei era “quem é o meu próximo?” (Lc 10:39); a reposta dada por Jesus foi “Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?” (Lc 10:39). A moral da história era radical: Não importa quem é o seu próximo. Importa mesmo, quem é você! E se você se parece com alguém nessa história, certamente é com o homem caído, pois essa é a condição que iguala toda a humanidade.

  1. O sacerdote e o levita eram apenas personagens, encenando a religião. Como corremos o perigo de nos parecer com eles, meros personagens da religião?
  2. O que você acha do preconceito? Como Jesus nos ensinou a combatê-lo?
  3. Nessa parábola, hoje, quem seria você?

Jesus é o samaritano que estendeu a mão para a humanidade caída na estrada. Ele sarou as nossas feridas, cuidou de nós, pagou o preço pela nossa recuperação e garantiu que vai voltar (Lc 10: 35). A sua graça aplica-se aos nossos méritos insuficientes para herdar a vida eterna. A sua misericórdia aplica-se à nossa aflição, mostrando-nos a compaixão que nenhum homem, por mais religioso que seja teria coragem de de monstrar. A sua compaixão ultrapassa as exigências da Lei e serve de modelo para nós.

Os heróis das histórias contadas por Jesus são figuras que estavam à margem da sociedade judaica. Mas, e quando a história é sobre uma família de nobres judeus? Será que ainda assim, podemos ser pegos de surpresa Descubra no próximo episódio.

Desafio Prático: Poste em sua rede social, uma mensagem contra o preconceito e a discriminação.

A misericórdia fez o Samaritano enfaixar as feridas da vítima. A graça fez com que ele deixasse seu cartão de crédito como pagamento pelos cuidados com a vítima - Ellen G. White