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O Contador de Histórias [Ep 6] Duas Mil e Quinhentas Vidas

“Somente os fortes têm a capacidade de perdoar.” Quem disse isso? Gandhi. Ele não era cristão. Me impressiona que, às vezes, as pes- soas que não aceitaram Jesus como Senhor de sua vida, tenha mais fé no perdão, que nós, que provamos o perdão divino. No fundo, no fundo, não queremos perdoar. Perdoar é perder. […]


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“Somente os fortes têm a capacidade de perdoar.” Quem disse isso? Gandhi. Ele não era cristão. Me impressiona que, às vezes, as pes- soas que não aceitaram Jesus como Senhor de sua vida, tenha mais fé no perdão, que nós, que provamos o perdão divino. No fundo, no fundo, não queremos perdoar. Perdoar é perder. É levar desaforo para casa. Segundo C. S. Lewis, todo mundo diz que o perdão é algo maravilhoso, até que tenha algo para perdoar.

Nos dias do grande Contador de histórias, o perdão era incentivado, porém, dentro de um limite aceitável: até três vezes. Foi quando lhe perguntaram sobre quantas vezes se deveria perdoar alguém que ele inflacionou o perdão em uma parábola que causa incômodo até os dias atuais, fazendo do cristianismo, a religião do perdão.

Um homem devia dez mil talentos a um soberano. Dez mil talentos é uma fortuna considerável. Klyne Snodgrass explica isso: “um talento é uma medida de peso em ouro, prata ou cobre. Ele variava entre 27 e 41 kg. Dez mil talentos não seriam menos do que 270 toneladas de metal. Dependendo do tipo de metal utilizado, um ta- lento era equivalente a cerca de 6.000 denários e, à base de um denário por dia (cf. Mt. 20:2), um trabalhador precisaria de 164.000 anos para quitar a dívida”.

Aquele homem devia quase duas mil e quinhentas vidas ao seu patrão! E, de uma hora para outra, plim! A dívida some, ela é perdoada! Poucas horas depois, lá está nosso recém perdoado agredindo um pobre coitado que lhe devia uma mixaria de 100 denários. Agora, na sua vez de perdoar, o que ele faz? Ele cobra cada mísero centavo! E, por causa disso, pagou um preço alto pela sua insensibilidade e falta de compaixão.

1. Você acha que perdoar é esquecer uma ferida ou deixá-la cicatrizar? Por quê?

2. Você já teve que perdoar alguém? Con- te para nós o que você sentiu?

3. Você já foi perdoado por algo de errado que você fez? Como foi a sensação?

No reino anunciado por Jesus, a nossa própria misericórdia estabelece o padrão pelo qual seremos julgados. Ao ligar a cena desta palavra com as imagens do juízo final, Cristo nos mostra que só vai obter perdão aquele que perdoar. A resposta ideal ao evangelho é perdoar como Deus nos perdoa. É tratar os outros como Jesus nos tratou.

A revista Galileu publicou uma matéria intitulada: “8 razões pelas quais o perdão faz bem para a sua saúde.” Segundo a matéria, “perdoar alivia o stress, reduz a pressão arterial e fortalece o sistema imunológico: todo mundo ganha ao fazer as pazes.” Como disse Fábio de Melo, “Perdoar é jogar fora o lixo que outros jogaram em você.”

A próxima história do Contador vai responder a uma pergunta que muitos têm em sua cabeça: O que Deus espera de mim? Você está pronto para descobrir?

Desafio Prático: Pratique o perdão essa semana e conte pra nós como foi a experiência.

Errar é humano. Acusar é desumano. Condenar é satânico. Perdoar é divino - Diego Barros.