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Metamorfose [Ep 04] | Pano de Chão

Descartáveis. Eles fazem parte do nosso dia-a-dia. Copos, talheres, sacolas, embalagens, canudos… Estamos cercados por eles, e, embora tenham facilitado nossa vida, constituem 70% do lixo marinho. Nós pensamos que nos livramos deles em poucos instantes, mas temos sempre que encontrar um lugar para eles longe dos nossos olhos. Mas, e quando pessoas se tornam […]


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Descartáveis. Eles fazem parte do nosso dia-a-dia. Copos, talheres, sacolas, embalagens, canudos… Estamos cercados por eles, e, embora tenham facilitado nossa vida, constituem 70% do lixo marinho. Nós pensamos que nos livramos deles em poucos instantes, mas temos sempre que encontrar um lugar para eles longe dos nossos olhos. Mas, e quando pessoas se tornam descartáveis? E quando essas pessoas somos nós?

É exatamente nisso que as pessoas se tornam quando o ficar faz parte do seu estilo de vida. Elas se conhecem, se tocam, trocam carícias e
intimidades, se usam e depois são descartadas na lixeira do inconsciente do outro, como se não tivessem valor. Elas são apenas embalagens, depósitos de hormônios e sensações, cujo conteúdo é totalmente ignorado.

Ficar é transformar relacionamento em entretenimento; é prostituição 0800. Alguém te pega, te usa e te descarta no lixão da sua vida. Quem fica, coloca a sensação acima do sentimento e o momento acima da história, fazendo da vida uma colcha de retalhos emocionais. Pessoas assim, desgastam sua capacidade de amar e olham para as demais apenas como meios de atingirem uma excitação ou um orgasmo. Definitivamente, não foi isso que Deus sonhou para os seus filhos.

Algumas pessoas se entregam a esse tipo de relacionamento instantâneo por medo de se decepcionar ou por frustração com outros relacionamentos. O que elas não sabem é que, enquanto tentam guardar o seu coração, elas
estão desumanizando ele. Pelo medo de sofrer, elas estão se privando de encontrar a verdadeira alegria e o amor autêntico.

Uma vida centrada na satisfação dos desejos da carne é a contradição do evangelho (leia Gl 5: 16-19, 24), e torna o indivíduo em um mero escravo do prazer. A pessoa que fica, se esquece que seu corpo é o santuário do Espírito Santo (leia I Co 6:18-19), propriedade do Deus que a comprou por um alto preço e deve ser glorificado em nós (leia I Co 6:20).

Pause

  1. O que leva pessoas a ficarem? Quais as
    consequências disso?
  2. Como o hábito de ficar pode nos impedir de viver o verdadeiro amor?
  3. Como ser tratado como descartável pode ferir nossa autoestima e nos confundir no tocante ao nosso verdadeiro valor?

Encontrei na internet um texto de um autor desconhecido que acho que vale a pena ser compartilhado: “Ao ficar com alguém, não esqueça que essa pessoa também ficará com você – não só algumas horas – mas ficará com partes suas que jamais serão restituídas: o seu tempo, a sua moral,
alguns conceitos de família, parte da sua pureza, ou até mesmo a sua virgindade, seja você homem ou mulher. E o pior é que depois de algum tempo você se sentirá usado, com a autoestima baixa, como se não fosse capaz de provocar um real e constante interesse em alguém”

Quem passou pela metamorfose do Experimento da Graça, tem consciência que, como disse Ellen White, “brincar com corações não é um crime de pequena magnitude aos olhos de um Deus santo”. Se esta prática autodestrutiva faz parte da sua vida, é hora de reavaliar e fazer as escolhas certas. Lembre-se: quem muito passa o rodo, um dia vira pano de chão.

Desafio Prático: NÃO FIQUE! Decida ter relacionamentos sérios. Em oração, peça a Deus que o ajude nessa decisão.

O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem. Antoine de Saint-Exupéry