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Lição PG nº 48 - 01 de dezembro - Lavando os pés do mundo

LAVANDO OS PÉS DO MUNDO “Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e voltando à mesa, perguntou-lhes: compreendeis o que vos fiz?” João 13:12. Quando somos submissos ao lavar os pés de outra pessoa, demonstramos que não somos importantes nem superiores, pois Jesus deixou as glórias do céu para servir nosso mundo. […]


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LAVANDO OS PÉS DO MUNDO

“Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e voltando à mesa, perguntou-lhes: compreendeis o que vos fiz?” João 13:12.

Quando somos submissos ao lavar os pés de outra pessoa, demonstramos que não somos importantes nem superiores, pois Jesus deixou as glórias do céu para servir nosso mundo.
Jesus Cristo é o centro da atenção nos Evangelhos. Embora tenhamos muitas palavras e instruções do Mestre, temos também muitos exemplos do ministério compassivo que Ele demonstrou durante os três anos e meio que viveu entre nós. Em Marcos 1:40-41, temos um exemplo dessa compaixão. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: “Quero, fica limpo”. Notamos que, naquela época, a lepra era considerada um sinal de impureza. É notável, então, que Jesus tenha tocado o leproso. Foi um toque de compaixão, mas isso não tornou Jesus impuro. Na realidade, o toque dEle tornou o leproso puro.

Nos evangelhos, cada pessoa que veio até Jesus para conseguir Sua ajuda, sempre recebeu a ajuda que exigiu. Um dos exemplos mais interessantes disso é a história da mulher, siro-fenícia, que pediu pra Jesus curar sua filha (Marcos 7:24-30). Se fizermos apenas uma leitura superficial, poderemos achar que Jesus mostrou dureza de coração quando respondeu à petição dela com as palavras: “Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. Porém, em realidade, Jesus deu à mulher dois sinais que a encorajaram a pedir com mais insistência. Ele disse “primeiro”, o que sugere que existe um “segundo”, ou seja, a oportunidade para a cura da filha dela. A segunda dica que Jesus deu à mulher foi o uso da palavra “cachorrinhos”. Existiam dois tipos de cães naquela cultura, os que eram guardados fora de casa, e os que podiam ficar dentro. Quando falavam sobre cães permitidos dentro de casa, eles usavam diminutivo. Essa é a palavra usada em Marcos 7:27, “cachorrinhos”. Isso implica dizer que Jesus estava falando sobre cães domésticos. A mulher notou as oportunidades e pediu com mais insistência.

O Senhor Jesus também explicou a ação social do cristão por meio de parábolas. Na parábola do bom samaritano, por exemplo, Jesus estava respondendo à questão: “Quem é o meu próximo? ” (Lucas 10:29). Certamente, a história concentra bastante atenção na compaixão do bom samaritano, primeiramente por dizer: “vendo-o, compadeceu-se dele” (Lucas 10:33), mas muito mais, por mostrar seus atributos. Ele toma tempo para ajudar, usa vinho e óleo para limpar as feridas e acalmar a dor, coloca o homem no seu animal, o leva até a pousada, cuida do doente durante a noite e deixa dois denários para pagar a conta na hospedaria.

Contudo, é importante salientar o que Jesus perguntou ao fim da parábola: “Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? ” O doutor da lei perguntou: “Quem é meu próximo? ”. Jesus perguntou: “Quem foi o próximo do homem ferido?” Quando lemos a história, temos a ideia de que o homem ferido era o próximo, mas Jesus precisamente dá a entender que o samaritano se fez de próximo. Isso quer dizer que próximo é verbo, não é substantivo. Temos que perguntar: “A quem posso ajudar? ”

Para qualquer lugar que eu for, sempre terá um próximo, porque sou também o próximo e tenho oportunidade de ajudar cada pessoa que encontro. Jesus deu lições práticas disso, Ele foi um exemplo de vida de serviço. Em cada lugar que o Senhor passava, vidas eram transformadas através de atos de bondade, compaixão e misericórdia.

Durante a cerimônia em que Jesus lavou os pés dos discípulos, Ele deu uma lição de humildade. Depois de lavar os pés dos discípulos, disse: "Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou" (João 13:14-16). Jesus se esvaziou, deixando a glória do céu, para servir aos homens (Filipenses 2:5-8). Ele mostrou que nós devemos nos humilhar para servir aos outros. Como ele lavou os pés, nós devemos procurar oportunidades para, humildemente, servir uns aos outros.

"Aos que mostram piedade para com os desafortunados, os cegos, os coxos, os afligidos, as viúvas, os órfãos e necessitados, Cristo considera como guardadores dos mandamentos, os quais terão a vida eterna." Beneficência social, pág 209

PARA DISCUTIR

1. É possível fazer a obra social, ajudar ao próximo, fazer caridades e não ter uma relação com Deus?
2. Existe ligação entre a autoridade divina, por exemplo, para expulsar demônios, e a compaixão que Jesus mostrou?
3. Qual a importância do ministério da ASA para a igreja?
4. Como podemos, individualmente ou como igreja, transformarmos a assistência social como parte integral de nossa missão?

Conclusão - Apelo
Visto que Jesus Cristo é o grande exemplo para os cristãos, é necessário que estes sigam os seus passos. Isso significa que a ação social do cristão sempre deve ser entendida em relação à ação de Deus. Ação com duas características: abnegação de si mesmo e redenção dos outros; ação humilde e redentiva. Se seguirmos o exemplo de Jesus de lavar os pés dos outros, mostrando, então, que não praticamos somente a ordem da humildade, estamos realmente sendo elevados pelo serviço. Lavar os pés do mundo, é ser semelhante a Cristo.

VERSOS BÍBLICOS USADOS NA LIÇÃO
João 13:12-16
Marcos 1:40-41
Marcos 7: 24-30
Lucas 10:29,33

Erinaldo Costa
Diretor Regional da ADRA - Rio Grande do Norte