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Lição de PG nº 46 |13/11| As bestas e o chifre pequeno

TEXTO BÍBLICO “Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar” - Daniel 7:3 Geralmente, os quatro impérios deste capítulo são interpretados da mesma maneira que os descritos no capítulo 2 de Daniel. Os reinos são Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma, o julgamento no Céu e o estabelecimento do Reino de Cristo. No verso […]


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TEXTO BÍBLICO

“Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar” - Daniel 7:3

Geralmente, os quatro impérios deste capítulo são interpretados da mesma maneira que os descritos no capítulo 2 de Daniel. Os reinos são Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma, o julgamento no Céu e o estabelecimento do Reino de Cristo. No verso 3, quatro grandes bestas são descritas como vindas do mar. Estas, são interpretadas no capítulo (v.17) como sendo os grandes reinos da terra. O termo mar, regularmente é usado para falar de multidões ou nações da terra, no simbolismo bíblico (Salmos 65:7).

O número “quatro”, denota os quatro cantos da terra e significa que eles têm sido criados pelos fortes ventos, é universal. Os ventos representam várias forças que jogam sobre as nações, servindo para trazer contendas, problemas e guerras. (Jeremias 49:36 - Zacarias 6:5)

O leão e a águia eram símbolos adequados da Babilônia. Nabucodonosor foi simbolizado como um leão e uma águia (como um leão, em Jeremias 4:7; 49:19, 22; 50:17, 44 e como uma águia, em Jeremias 49:22; Lamentações 4:19; Ezequiel 17:3; Hebreus 1:8). Estátuas de leões alados, foram encontradas nas ruínas da Babilônia, e leões adornavam o famoso Portão de Ishtar. O urso, símbolo da Medo Pérsia, era conhecido por seu grande tamanho e ferocidade na batalha.  Um lado do urso, sendo maior ou mais alto, indica que o império consistia em duas divisões: a Média e a Pérsia, o lado superior simbolizaria a Pérsia que subiu para uma posição de domínio na aliança. O urso “tinha três costelas em sua boca”, representam as três principais conquistas da Medo-Pérsia: Babilônia (539 a.C.), Lídia (546 a.C.) e Egito (525 a.C.).

A Grécia é apropriadamente representada por esse leopardo voador, pois suas conquistas eram realizadas com velocidade relâmpago e tinha um desejo insaciável por território. Alexandre, o Grande, invadiu a Ásia Menor em 334 a.C. e dentro de dez curtos anos havia conquistado todo o Império Medo-Persa até as fronteiras da Índia.

Nas Escrituras, “cabeças” representam governantes ou governos (por exemplo, Isaías 7:8–9; Apocalipse 13:3,12). Esse império, acabaria se dividindo em quatro reinos. Alexandre morreu em 323 a.C. e, depois de muita luta interna, seus generais esculpiram o reino em quatro partes: (1) Antipater e, mais tarde, Cassandro, ganharam o controle da Grécia e da Macedônia; (2) Lisímaco, governou a Trácia e uma grande parte da Ásia Menor; (3) Seleuco I Nicator, governou a Síria, Babilônia e grande parte do Oriente Médio (toda a Ásia, exceto a Ásia Menor e a Palestina); e (4) Ptolomeu I Soter, controlava o Egito e a Palestina. Um caráter quadripartite é definitivamente atribuído ao Império Grego no próximo capítulo (cp. 8:8 com 8:21-22). 

“A quarta besta ou animal representa Roma Imperial” (Daniel 7:7). Como no capítulo 2, seus atributos são três: “terrível, espantoso e sobremodo forte”. No capítulo 2, o ferro “a tudo quebra e esmiúça” e “fará em pedaços”. No capítulo 7:7, “ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava”. Essa besta terrível, tinha grandes dentes de ferro, isso fala da sua crueldade e força. O templo de Jerusalém foi destruído por esse poder (Mt 24:1-3). Corinto, importante cidade grega, também foi arrasada (146 a.C.). A besta era diferente porque era de ferro (poder político) e de barro (Poder religioso).

A besta se distinguiu, também, por ter um chifre com rosto humano, com olhos e boca sempre dispostos a dar testemunho do aspecto religioso das coisas (Daniel 7:8). Dez chifres: “...correspondem a dez reis que se levantariam daquele mesmo reino (o império romano foi se desintegrando com a invasão das dez tribos bárbaras); e depois deles, se levantará outro (o chifre pequeno), o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis” (Daniel 7:24).

O tempo da aparição do chifre pequeno foi logo depois dos dez chifres e seu surgimento provocou a queda de três deles. Os chifres arrancados foram os Visigodos (508 d.C.), os Vândalos (534 d.C.) e os Ostrogodos (538 d.C.). Justiniano proclamou o Papa “governador de todos os santos sacerdotes de Deus” e declarou guerra aos arianos (seguidores da doutrina de Ário ou Árius, um sacerdote católico romano que pregava o anti-trinitarianismo).

O chifre pequeno procurou usurpar a Deus no âmbito da história. Deus é quem muda os tempos e as estações, “remove reis e estabelece reis” (Daniel 2:21). Durante o período da supremacia deste poder, nenhum rei era nomeado ou estabelecido sem o consentimento do poder papal. Mas, Deus determinou o tempo do domínio deste poder (Daniel 7:22). Os 1260 anos proféticos iriam se caracterizar pelo domínio de um poder que expressaria doutrinas contrárias a Deus, intentando trocar os tempos e a Lei de Deus, pela opressão, perseguição e morte dos santos do Altíssimo (Daniel 7:25). Os fatos antes mencionados seriam protagonizados por um poder político-religioso que teria raiz e atitude romanas e que agiria logo após o desmembramento do poder de Roma Imperial. O chifre pequeno voltou-se contra os santos, numa onda de vingança mortal.

Perguntas para discussão

1. Como se sente ao saber que Deus predisse tudo o que aconteceria ao longo da história do mundo?

2. Que fatos você experimentou sobre o cuidado e a condução divinas e poderia compartilhar?

3. Quais são seus anseios referente ao futuro da humanidade?