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Lição de PG nº 39 - 28 de setembro - A decisão mais importante

A DECISÃO MAIS IMPORTANTE “ ...Aonde quer que tu fores eu irei, onde ficares, ficarei. O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus.” Rute 1:16. Ao nascer, o ser humano já se depara com a necessidade de decidir sempre e constantemente. Em todas as faixas etárias, espera-se uma […]


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A DECISÃO MAIS IMPORTANTE

“ ...Aonde quer que tu fores eu irei, onde ficares, ficarei. O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus.” Rute 1:16.

Ao nascer, o ser humano já se depara com a necessidade de decidir sempre e constantemente. Em todas as faixas etárias, espera-se uma decisão. Os pais têm uma tarefa sublime e singular de ensinarem e prepararem os seus filhos a tomarem as melhores decisões. Talvez, é na juventude que a decisão se torna um dilema, diante do período de frequentes e maiores mudanças, cujo futuro desponta e será definido pelas suas escolhas e decisões consideradas cruciais da vida. A profissão a exercer, uma pessoa a dividir a vida e um caminho em direção a Deus a percorrer. Sigmund Freud destaca essas três decisões como o trilho que leva o ser humano a maturidade.

Certamente, de todas as decisões da vida, incluindo as cruciais, destaca-se aquela que define o destino e a vida eterna. Por isso, o evangelho de João afirma: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. Nisso consiste a decisão mais importante.

As biografias bíblicas são fascinantes e foram preservadas, porque elas estabelecem exemplos a serem seguidos e outros a serem evitados. Há uma biografia de uma Jovem que chegou a um momento crucial de sua vida. Sendo estrangeira de Moabe, Rute foi caracterizada pelo desastre e decepção de perder ainda jovem o seu marido. Não sabia que mesmo diante de tantas decisões tomadas, ela se depararia com a principal. Tendo morado na sua terra Natal por dez anos, depois das tragédias sucessivas de perder o sogro e o marido, ela, sua sogra Noemi e a cunhada Orfa deparam-se com uma decisão tomada por Noemi de voltarem para a terra de Judá. Nessa hora, Noemi aconselha: “Vão e retornem para a casa de suas mães” Rute 1:8. Orfa e Rute relutaram, mas Noemi trouxe argumentos racionais, os quais destacavam que o futuro de ambas estaria incerto ao seu lado, pois na cultura da época, Noemi não podia mais oferecer filhos. Diante disso, Orfa beijou Noemi e se despediu. Rute porém, decidiu ficar.

Esta história nos revela que as duas jovens, que viveram no mesmo lugar e conheceram a cultura judaica, seus ensinamentos
e seu Deus, tomaram decisões diferentes. O que nos leva a pensar que a decisão foi diferente, porque a experiência de ambas foi diferente. A decisão de Rute implicaria em vida ou morte, sucesso ou fracasso, bênção ou maldição. E abrangeria uma decisão ampla, cuja consequência traria salvação ou perdição. A sua resposta firme é descrita no verso 16 do capítulo 1 do seu livro. Ela revela que seguiria sua sogra aonde fosse (isso revela lealdade a Noemi). Revela ainda que o povo de Noemi seria seu. Aqui, ela decide por uma cultura diferente da sua, mas não termina aqui. Ela afirma que o Deus de Noemi seria o seu Deus. A decisão se amplia, porque ela é direcionada a Deus. E, de uma forma gradual, a jovem ressalta a sua mais importante escolha. Na trajetória de nossa vida, sempre nos depararemos com essa que é considerada a maior decisão. Pilatos se deparou com ela e escolheu a neutralidade ( Ver Mat 27:24). Lavou as mãos diante da mais importante decisão de sua vida.

Nesse sentido, Cristo advertiu que “Ninguém pode servir a dois senhores” Mat. 6:24. Aqui não se trata de proibição, e sim de possibilidade. Diante da mais importante decisão da nossa vida, não podemos repensar, relativizar ou repassar. Rute sabia o que estava em jogo. Nesse mês da primavera, teremos centenas de pessoas, na sua maioria jovens e juvenis, que sabem que essa decisão definirá toda sua existência aqui e no porvir. O que está em jogo não é um batismo que te ligará a uma igreja,
mas a presença ou ausência da eternidade em suas vidas. Por isso, essa decisão é a mais importante. O mais bonito na história de Rute é que ela decide sem conhecer as implicações da sua decisão. Revela-nos a história que ela encontra um resgatador, um parente mais próximo chamado Boaz que a aceita. (Ver Rute 4: 13). Esse era um costume da época da cultura do povo de Noemi conhecido como a Lei do Levirato. Rute não apenas recebe o esposo como fruto de sua decisão, mas o seu filho passa a fazer parte da genealogia de Jesus (Rute 4:18-22). E a história encerra apresentando a recompensa de
decidir por Cristo. Rute como Moabita, realiza o sonho de qualquer Judia, gerar um filho e este fazer parte da genealogia de Jesus, o Salvador, o Messias.

Hoje não é diferente. Diante de todas as decisões que diariamente temos que tomar, desde quando nos levantamos até quando deitamos, é a decisão por Cristo que trará consequências eternas. Tive a alegria de ser batizado no batismo da primavera. Lembro-me como hoje. Tinha nove anos e foi um batismo com mais 60 juvenis na igreja de Itapagipe, em Salvador na Bahia. Esse dia definiu a minha vida e direcionou o meu destino. Esse é o mês do batismo da primavera e Cristo aguarda que você O escolha e se comprometa com Ele publicamente. E, a partir de então, Ele vai iniciar o seu maravilhoso e perfeito plano para sua vida. Ele vai te guiar e te dar além do que você espera e deseja, como fez com Rute. Por isso, o Salmista aconselha: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais Ele fará” Salmo 37:5. Quando você se batiza, você entrega seu caminho e futuro para Cristo. Essa é a decisão mais importante.

PARA DISCUTIR:

1. Na sua opinião o que torna uma decisão como a mais importante?
2. Por que mesmo sabendo que a decisão mais importante é aceitar a Cristo, ainda assim é tão difícil tomá-la?
3. Que argumentos você usaria para levar um amigo a tomar a mais importante decisão?

"Por anos tem sido comunicada luz sobre esse ponto, mostrando a necessidade de atender ao interesse despertado, sem deixar absolutamente o mesmo até que todos os que se inclinam para a verdade tenham tomado sua decisão, experimentado a conversão necessária para o batismo, e se unido a alguma congregação, ou iniciado uma. Nenhuma circunstância é tão importante." (T2 540.1)

Versos estudados nesta lição:
Rute 1:8 e 16; Mateus 27:24; Mateus 6:24; Rute 4: 13; 18-22; Salmo 37: 5