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Lição de PG nº 34 | 23/08 | O bem mais precioso

"Não matarás." Êxodo 20:13 A vida é a dádiva mais preciosa concedida por Deus e foi um dos bens mais afetados primariamente pelo pecado. O primeiro homicídio (Gn 4:8-16) contribuiu grandemente para o crescimento do desvalor e indiferença para com a vida humana. Por ser o maior bem instituído por Deus, a vida, é que […]


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"Não matarás." Êxodo 20:13

A vida é a dádiva mais preciosa concedida por Deus e foi um dos bens mais afetados primariamente pelo pecado. O primeiro homicídio (Gn 4:8-16) contribuiu grandemente para o crescimento do desvalor e indiferença para com a vida humana. Por ser o maior bem instituído por Deus, a vida, é que se justifica o fato de sua preservação se tornar um mandamento. “Não matarás” é a ordem do sexto mandamento. O verbo hebraico  ratsach, “matar”, aparece cerca de 47 vezes no Antigo Testamento, sendo 20 delas apenas no livro de Números. O significado mais apropriado seria assassinar premeditadamente ou a tomada ilegal de vida inocente, incluindo qualquer assassinato não autorizado. Desta forma, o mandamento ensina a santidade da vida humana e traz o princípio da correta compreensão da nossa relação com o próximo, indicando que devemos respeitar e honrar a vida, pois a vida é um sagrado dom de Deus (Gn 9: 5-6).

Embora o mandamento não desautorize a possibilidade de legítima defesa ou mesmo a pena capital, como ocorreu algumas vezes no sistema teocrático, como representantes do evangelho de Cristo, o ministério cristão é de plena promoção da esperança e valorização da vida (Jo 10:10). Portanto, a pena capital, no Novo Testamento, é suprimida pelo evangelho da piedade prática ensinada amplamente por Jesus no sermão do monte (Mt 5, 6). Sob as palavras de Jesus, este mandamento tornou-se mais amplo ao incluir a raiva, o desprezo (Mt 5:21-22), e posteriormente, o ódio (1Jo 3:14-15).

1. Embora a lei faça distinção entre assassinatos planejados, acidentais e não premeditados (Êx 21: 12-14), com base em Gênesis 4:15 e Tiago 4:2, o cristão poderia ou não ser a favor da pena de morte?

2. Com base em 1 João 3:15, proferir ofensas, machucar com as palavras, caluniar, proferir mentiras sobre alguém ou ferir com a indiferença poderiam ser considerados como tortura ou assassinato psicológico?

A Igreja Adventista, representada por delegados e pela comissão de ética do Instituto de Pesquisa Bíblia da Associação Geral, emitiu um documento se posicionando de maneira contrária à pena de morte, recomendando, inclusive, que os membros da igreja não se envolvam em qualquer campanha para promover tal pena. A missão da igreja não é promover a morte, mas em toda e qualquer circunstância anunciar a vida e a esperança. Os adventistas acreditam que a violência e a pena de morte não têm lugar na igreja. Em outras palavras, não é tarefa da igreja tirar a vida humana, mas promovê-la no amor, perdão e misericórdia de Deus.