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Lição de PG nº 22 |29/05|A cultura dos ídolos

 TEXTO BÍBLICO “Enquanto Paulo os esperava em Atenas, revoltava-se nele o seu espírito, vendo a cidade cheia de ídolos”  -  Atos 17:16 Como compreender as palavras “ídolos” e “idolatria” na atualidade? A ideia antiga reporta-se a pessoas curvando-se à estátuas. O significado do segundo mandamento revela uma aparente contradição entre a idolatria e o uso […]


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 TEXTO BÍBLICO

“Enquanto Paulo os esperava em Atenas, revoltava-se nele o seu espírito, vendo a cidade cheia de ídolos”  -  Atos 17:16

Como compreender as palavras “ídolos” e “idolatria” na atualidade? A ideia antiga reporta-se a pessoas curvando-se à estátuas. O significado do segundo mandamento revela uma aparente contradição entre a idolatria e o uso de feitura de imagens. Numa visão unilateral e desconexa do seu contexto amplo e imediato, esta declaração, neste mandamento, parece contraditória. Pois, aparentemente, proíbe o fabrico e uso de imagem de escultura de qualquer tipo. Todavia, cinco capítulos mais adiante, no mesmo livro, ordena o mesmo Deus que faça imagens e semelhanças de anjos, castiçais e vários outros objetos de réplica de coisas existentes no céu. Sem contar que o mundo todo estaria em pecado de idolatria, pois quem não possui em sua casa um álbum de fotografias e imagens das mais variadas espécies? É necessário diferenciar três aspectos que precisam ser considerados, antes de tal conclusão equivocada.

A pintura e escultura como objeto de adoração, adotada pelo Politeísmo e Henoteísmo; e como apenas os Israelitas professavam o monoteísmo, essas pinturas e esculturas para finalidade de culto, estavam terminantemente proibidas.  No entanto, a pintura e a escultura como arte e como material didático eram consideradas como um dom do Espírito de Deus. Como exemplo, temos Bezalel, filho de Uri (ver Êxodo 25:8; 31:1-6 e 40). Seria reducionismo compreender idolatria apenas como adoração de imagens e esculturas.

Diante da descrição do livro de Atos, cada cidade adorava suas divindades favoritas. Mas, a sociedade atual não é diferente. A situação hoje, se torna mais grave porque há um equívoco em pensar que não há idolatria pela ausência de esculturas e imagens a serem adoradas. Esquecem que há deuses não corpóreos ou visíveis hoje como a beleza, o poder, o dinheiro, a realização pessoal e as diversões que têm alcançado proporções místicas, reverenciais e espirituais. A verdade é que cada cultura é dominada por seus próprios ídolos. Cada sociedade tem seus rituais e sacerdotes. A esfera espiritual é uma marca cada vez mais atual. Embora, literalmente, não nos curvemos diante de estátuas, ou não queimamos incenso a Mamon, hoje priorizamos a fama, a carreira, o dinheiro e as posses como primazia em nossa vida, em detrimento da falta de tempo para família, e indiferença em analogia a justiça nas relações. Nossos ídolos mais sofisticados, são tão ou mais destrutivos que os antigos.

PAUSA PARA DISCUSSÃO

1.  Embora seja considerado um momento da atualidade em que a sofisticação impera, por que ainda se cultuam ídolos?

2.  Leia Êxodo 20:3 e discuta por que esse mandamento é tão atual e abrangente?

3. Como podemos neutralizar esse ímpeto natural do estabelecimento dos ídolos?

Há quem diga que o zelo de Deus em não ter substitutos é uma salvaguarda contra o estabelecimento de ídolos. Cultura é a relação entre a ação do homem no mundo e as interpretações decorrentes desta ação. A primazia deve ser de Cristo. Desde o levantar até ao deitar, Ele deve ser o centro e a prioridade de nossas ações. Qualquer idolatria é um desastre para vida.

PARA REFLETIR

“O QUE VALORIZAMOS, É O QUE PRIORIZAMOS E CONSEQUENTEMENTE VENERAMOS” JOSÉ ORLANDO SILVA