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Lição de PG nº 18 |03/05|O que o Senhor vê

"Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei, porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração." I Samuel 16:7 Esse verso tem causado o que denominamos de “metonímia interpretativa”. A metonímia é […]


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"Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei, porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração." I Samuel 16:7

Esse verso tem causado o que denominamos de “metonímia interpretativa”. A metonímia é uma figura de linguagem em que trocamos o autor pela obra e a embalagem pelo produto. Quando afirmamos, por exemplo, estou lendo João, na verdade você lê o conteúdo que ele escreveu. Quando se afirma “estou comendo Cream Craker”, na verdade você está comendo um biscoito de água e sal.  Nesses exemplos usamos a metonímia como figura de linguagem.  Atentando agora para a afirmação de que o Senhor não vê como o homem, ou seja, não vê a aparência e sim o coração, comete-se uma falácia e equívoco interpretativo, entendendo que Deus não se importa com o nosso exterior ou como nos apresentamos. Esse raciocínio colide frontalmente com a necessidade de vivermos um estilo de vida cristã.

O texto em questão ressalta exatamente o contrário, quando afirma que a importância e concentração do olhar de Deus está no coração, ou seja, o motivo que leva a ação e define a aparência.

Outra questão sumamente importante a ser analisada é que se a aparência não fosse reflexo do coração não haveria tal comparação.  A verdade aqui exposta é que não somos o que aparentamos ser, mas aparentamos ser, quem somos. Esse olhar nos conduz ao princípio, cuja visão é bem mais ampla que detalhes menores que temos buscado acentuar. Diante disso, o raciocínio que se usa para ter uma aparência a seu bel prazer cai por terra. A pergunta não deveria ser, por que não posso usar ou vestir? Mas, por que usar e vestir? A exagerada preocupação com a aparência nem sempre é narcisista (porque a pessoa se ama extremamente), mas comumente autodepreciativa (porque não se ama). A nossa aparência pode ser um protesto ou um grito de socorro. Nosso estilo de vida é visto também, ou melhor, principalmente na aparência. Tudo o que chama atenção dos outros para si mesmo, a partir do que usamos, desvia atenção que deveria ser para Deus. Nesse sentido, os valores Cristãos não estão subordinados a cultura, e sim aos princípios bíblicos que devem reger nosso comportamento, refletido em nossa aparência.

1.         Você já percebeu que uma mudança repentina na aparência de alguém, geralmente foi sucedido por uma experiência amarga ou decepcionante sofrida por essa pessoa?

2.         Como aplicar esse entendimento na nossa vida de agora em diante, de que nossa aparência sinaliza o estado do coração?

A nossa aparência envia uma mensagem poderosa: que Deus fez um ótimo trabalho no meu coração e no meu corpo. O que desenho, pinto, uso ou visto declara a quem pertenço. Chama atenção para mim ou para o meu criador. O coração desagua na nossa aparência. Isso implica que o descuido da mesma, sem equilíbrio, comunicará desdém e desvalorização pelo que Deus fez.

PRA NÃO ESQUECER

Somos a única Bíblia que alguns terão a oportunidade de ler.