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Lição de PG nº 10 | 08/03 |O jovem rico

Mas Deus lhe disse: louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Lucas 12:20 Um leitor superficial chegará facilmente à conclusão: Deus tem algum problema com ricos e riquezas. Mas tal conclusão logo se dissipa se sairmos da superfície e cavarmos um pouco mais nos ensinos bíblicos. […]


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Mas Deus lhe disse: louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Lucas 12:20

Um leitor superficial chegará facilmente à conclusão: Deus tem algum problema com ricos e riquezas. Mas tal conclusão logo se dissipa se sairmos da superfície e cavarmos um pouco mais nos ensinos bíblicos. A primeira surpresa que temos é no aspecto quantitativo, segundo as estatísticas dos estudiosos das Escrituras, há na Bíblia Sagrada cerca de 500 versículos sobre oração, menos de quinhentos sobre fé, porém, mais de 2350 sobre dinheiro e posses. Portanto, não é um assunto sem importância e a Bíblia fala mais dele do que assuntos que julgamos vitais para a vida cristã. A Bíblia fala de dinheiro em 648 capítulos (com os termos dinheiro, bens, riquezas, moeda, prata, ouro).

Não queremos com isso, criar uma gradação de importância, mas também não podemos subestimá-los. Um olhar descuidado sobre a parábola em questão, pode até parecer que se resume a história de um homem bem-sucedido e só isso, mas percebo que Cristo quer destacar alguns fatores:

•  O problema não é só o quanto o homem acumulou, mas o espaço que isso ocupava em sua vida.

•   Facilmente, as riquezas criam a falsa sensação de segurança que se dissipa diante da brevidade da vida.

•   Quando os tesouros terrenos ocupam o centro da vida, tornam as pessoas irracionais.

•    O problema não é ter riquezas, e sim, quando as riquezas passam a ter você.

Não há valor moral no dinheiro em si. Ter dinheiro pode ser uma coisa boa ou ruim, isso vai depender do conjunto de valores daquele que o utiliza. Certamente, usar o dinheiro para ajudar uma obra filantrópica, ou investir na obra missionária, é uma coisa útil e louvável. Todavia, usar esse dinheiro simplesmente com a atitude de querer mais posses, prestígio e autossatisfação, acaba tornando-se algo ruim, como advertiu Jesus.

PARA DISCUTIR

  1. Qual o problema das riquezas, se é que existe?

2.  Você consegue enxergar na Bíblia alguma vacina para ganância?

Se não quisermos incorrer no mesmo erro do rico insensato, devemos fazer uso de uma poderosa vacina promovida pela Palavra: a fidelidade nos dízimos e ofertas. Vejamos em que tal prática poderia ter ajudado esse homem:

  1. Um lembrete crucial dos dízimos e ofertas é que Deus é o Dono de tudo, e isso é uma forte barreira contra o orgulho.

2.  A Fidelidade nos leva a não viver em função de si mesmo, pois não sou o único beneficiado pelas minhas doações.

3.   Me ensina que posso viver com menos, é pedagógico.

4.   O seu aspecto sistemático será um lembrete contínuo de que aquilo que tenho, deve ser para glória de Deus.

O problema não é a morte ou volta de Cristo nos encontrar com os celeiros cheios, mas que isso tenha ocorrido por conta de nossa indiferença com os necessitados e às custas do tesouro de Deus ter ficado vazio pela infidelidade. Um dos tesouros dessa parábola é que ela golpeia o nosso egoísmo na raiz.

"Não deixe que os celeiros cheios sejam frutos de um coração vazio."