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Inimigos [Ep. 05/Temp.01]

“Agora eu, Nabucodonosor, louvo e exalto e glorifico o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. E ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância.” Daniel 4:37 Para nosso povo, Nabucodonosor era um algoz, um inimigo. Ele nos tirou de nossa pátria, […]


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“Agora eu, Nabucodonosor, louvo e exalto e glorifico o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. E ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância.”

Daniel 4:37

Para nosso povo, Nabucodonosor era um algoz, um inimigo. Ele nos tirou de nossa pátria, destruiu nossas casas e incendiou o templo do Senhor. A simples menção de seu nome evocava desgraça e horror. Nós o repudiávamos com todas as nossas forças. Mas o Eterno não.

O exílio não era apenas uma lição sobre a infidelidade do nosso povo. Era, acima de tudo, uma lição da fidelidade de Deus para conosco, mas também para com todos – e isso incluía Nabucodonosor. Tudo estava muito claro, mas nós não enxergávamos. A deportação do povo, a oração de Daniel, a provação na fornalha ardente... tudo parecia ter sido orquestrado na eternidade para que Deus revelasse Seu plano de graça universal.

Primeiro, Deus fez toda uma nação mudar de endereço para testemunhar para um homem e seu povo. Em seguida, Ele “infiltrou” os jovens hebreus na corte real e estes se distinguiram de todos os demais. Depois, o Senhor revelou a Nabucodonosor os segredos do futuro em sonhos e visões da noite e revelou estes mesmos segredos ao Seu servo Daniel, colocando-o em contato direto com o rei. Tempos depois, Nabucodonosor viu o céu invadir a fornalha e testemunhou a grandiosidade do Deus que ele havia julgado fraco.

Nada disso, contudo, foi o suficiente para mudar o coração orgulhoso do monarca. Mas algo, em breve, mudaria este quadro. Nabucodonosor voltou a sonhar. Desta vez o sonho não era sobre o destino do mundo, mas sobre o seu. Ele exigiu que Daniel mais uma vez interpretasse o conteúdo do sonho.

O profeta, então, anunciou a natureza divina de sua visão e declarou: “Tu serás expulso do meio dos homens e viverás com os animais selvagens; comerás capim como os bois e te molharás com o orvalho do céu. Passarão sete tempos até que admitas que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer” (Daniel 4:25).

Qualquer um de nós se alegraria com o veredito profético, afinal, nosso povo parecia estar sendo vingado! Enfim, o rei provaria um pouco das desgraças que trouxe sobre o povo do Senhor! Mas Daniel, mesmo sendo um de nós, não pensava assim. Ele era misericordioso. Passava tanto tempo com Deus que se parecia mais com Ele que conosco. Ele tentou alertar o rei, fazendo o contrário do que outros fariam: “Portanto, ó rei, aceita o meu conselho: Renuncia a teus pecados e à tua maldade, pratique a justiça e tenha compaixão dos necessitados. Talvez, então, continues a viver em paz” (Daniel 4:27).

O coração duro de Nabucodonosor o impediu de seguir tal conselho e, por sete anos, ele viveu como um animal. “Ele foi expulso do meio dos homens e passou a comer capim como os bois. [...] seus cabelos e pêlos cresceram como as penas de uma águia, e as suas unhas como as garras de uma ave” (Daniel 4:33).

1.  Você já parou para pensar que Deus ama a todos, inclusive aqueles que lhe fazem mal?

2.  O que você sente quando vê alguém que o feriu se dando mal? O que isso revela sobre você?

3.  Você já experimentou orar por alguém que o machucou? Que tal fazer isso agora?

Quando soubemos que o rei estava amaldiçoado, vivendo como uma fera, o nosso coração se encheu da esperança de que aquilo era a vingança do Senhor. Como estávamos enganados! Confundir misericórdia com castigo: eis a especialidade dos tolos.

Deus amava Nabucodonosor assim como a Israel e, por isso, teve piedade dele. O rei aprendeu sobre a misericórdia do Eterno, mas ele não foi o único. Nós também vimos que a graça de Deus é ilimitada e imparcial. Infelizmente, contudo, o neto de Nabucodonosor rejeitaria essa lição no futuro. [Continua...]

A melhor forma de destruir a seu inimigo é converter-lhe em seu amigo.

Abraham Lincoln