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Fé Que Se Arrisca [Ep. 04/Temp. 01]

“O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro de vinte e sete metros de altura e dois metros e setenta centímetros de largura, e a ergueu na planície de Dura, na província da Babilônia.” Daniel 3:1 O sonho de Nabucodonosor ainda lhe consumia os pensamentos. Babilônia, seu idolatrado império, não poderia ser arruinado. Contudo, à […]


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“O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro de vinte e sete metros de altura e dois metros e setenta centímetros de largura, e a ergueu na planície de Dura, na província da Babilônia.”

Daniel 3:1

O sonho de Nabucodonosor ainda lhe consumia os pensamentos. Babilônia, seu idolatrado império, não poderia ser arruinado. Contudo, à medida que o tempo passava, o rei via que o seu reino estava perdendo a unidade. Aos poucos, a profecia se cumpria diante dos seus olhos. Por isso, ele mandou fazer uma estátua de ouro e convocou as autoridades do império para adorá-la. “Meu reino não passará! Ergam uma estátua de ouro em Dura! Mostraremos ao mundo que o nosso domínio será eterno” – foram suas ordens.

Embora aquela fosse uma cerimônia religiosa, curiosamente, as figuras convocadas pelo rei para a consagração da estátua eram do ambiente político. Foram convocados sátrapas, prefeitos, governadores, conselheiros, tesoureiros, juízes, magistrados e todas as autoridades provinciais (Daniel 3:2), a fim de prostrar-se diante daquela imagem e demonstrar a unidade e a posteridade do império babilônico.

“Então o arauto proclamou em alta voz: ‘Esta é a ordem que lhes é dada [...]: Quando ouvirem o som [...] de toda espécie de música, prostrem-se em terra e adorem a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor ergueu. Quem não se prostrar em terra e não adorá-la será imediatamente atirado numa fornalha em chamas’” (Daniel 3:4-6).

Enquanto a música tocava, cada súdito de Nabucodonosor se prostrava, adorando a sua imagem como divina. Entretanto aqueles mesmos três rapazes que se uniram a Daniel em oração para que Deus lhe revelasse o sonho permaneceram de pé, mesmo em face das ameaças das chamas. Aquele ato de insubordinação deveria ser castigado. Contudo aqueles jovens preferiam perder a vida a negar a fé, e disseram:

“Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer” (Daniel 3:16-18).

1.            Você já experimentou provas por conta da sua fé? Como foi?

2.            Em Daniel 3:2 vimos o perigo de uma religião particular dominando o Estado. O que você pensa disso?

3.            Você concorda que uma fé que não se arrisca é uma fé atrofiada?

Aquele dia jamais será esquecido. Os olhos que viram aquela cena nunca foram tão impressionados. Três rapazes amarrados foram jogados na fornalha, que estava aquecida ao máximo. As chamas incineraram as cordas, mas nem sequer tocaram em suas peles. Ao lado deles, um quarto homem, que disseram ter a aparência de “um filho dos deuses” (Daniel 3:25).

Sim! Aquele era mais um sinal de que Deus estava conosco em Babilônia e que não havia nos desamparado. Onde quer que estivéssemos, lá Ele também estaria. Era impossível não lembrar das palavras de um de nossos antigos profetas: “Quando você andar através do fogo, você não se queimará; as chamas não o deixarão em brasas. Pois eu sou o Senhor, o seu Deus, o Santo de Israel, o seu Salvador” (Isaías 43:2,3).

Quando Ananias, Misael e Azarias voltaram ao nosso povo, percebemos que “o incenso só exala seu perfume se queimado” (Provérbio Árabe). Mas a maior lição daquele dia, para todo o nosso povo no exílio, foi descobrir que não existe lugar melhor para se encontrar com Deus que dentro das chamas da provação. [Continua...]

Não resta mais nada, o Senhor é a nossa porção; E já não importa quem somos, mas quem Ele é; Para trás o passado e em troca o risco da fé.

O Risco da fé, Os Arrais