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Do Pó Às Estrelas [Episódio Final]

“Naquela ocasião Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo, se levantará. [...] Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo eterno.”
Daniel 12:1-2


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Do Pó Às Estrelas

“Naquela ocasião Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo, se levantará. [...] Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha, para o desprezo eterno.”

Daniel 12:1-2

Os escritos de Daniel estão entre os mais estimados registros da história de nosso povo. Não apenas pelas mensagens que Deus nos deu através dele, mas também pelo fato de ele, cuidadosamente, ter deixado vários sinais de suas intenções no texto que escreveu.

Em primeiro lugar, ele quis deixar claro que não era apenas um profeta judeu. Ele era um profeta para o mundo. Por isso, ele escreveu a parte central de sua obra em língua aramaica (e não hebraica), para que mais pessoas pudessem ter acesso  à sua obra. Depois, em suas profecias, ele fala de toda a terra – representada por  expressões como quatro ventos ou quatro cantos – e não apenas o território de Israel e suas circunvizinhanças.

Além do mais, quando se referia ao Eterno em sua obra, ele evitava o nome pessoal e judaico de Deus (Yahweh), preferindo uma nomenclatura mais genérica, como “o Deus dos céus” (2:28) ou “o Altíssimo Deus” (4:8), ou simplesmente “Deus” (Elohim) para evitar as diferenças e acentuar o caráter universal do reino do Senhor.

Incrivelmente, Daniel também registrou atos heroicos protagonizados por gentios (em especial os reis pagãos Nabucodonosor, Dario e Ciro), para mostrar que Deus age através de todos e não apenas dos judeus. Como as gerações separatistas do futuro deveriam aprender com esse profeta!

Contudo um dos aspectos redacionais mais impressionantes de Daniel se encontra na abertura de cada um dos capítulos de seu livro. Os capítulos 1-11 do livro de Daniel sempre iniciam com o nome de um rei: Jeoaquim, rei de Judá (1:1), Nabucodonosor (2:1; 3:1; 4:1), Belsazar (5:1; 7:1; 8:1), Dario, o Medo (6:1; 9: 1; 11:1) e Ciro (10:1). Sutilmente, o profeta queria mostrar que desde que o rei de Judá foi vencido, o povo de Deus teve que se acostumar com um pagão reinando sobre eles.

Todavia a história do povo de Deus não termina com um ímpio reinando. O capítulo 12 inicia mostrando que no tempo do fim “se levantará, MIGUEL, o grande príncipe do seu povo” e, quando isso acontecer, Deus reinará sobre uma nação de ressuscitados que resplandecerão como os corpos celestes. Como aguardamos esse dia!

Infelizmente muitos têm reduzido o livro do profeta Daniel a um mero calendário profético e tem isolado as suas profecias de sua vida de oração, das catástrofes que superou, e da perseguição que sofreu. Sem dúvidas, as datas são extremamente importantes, mas a revelação de Deus ao profeta não pode ser excluída de seus dramas pessoais, pois tudo é parte integrante de sua obra.

Hoje, Daniel repousa em sua sepultura, com nossos antepassados, aguardando o dia de sua libertação definitiva do cativeiro da morte. Isso se dará naquele dia em que Miguel se levantará e ele finalmente sairá do pó para ser como as estrelas. É neste dia que o exílio, para o qual toda humanidade foi levada, terá o seu fim.

1.            O que você achou do estudo do livro de Daniel neste trimestre? Você toparia estudar mais sobre este assunto? O que mais lhe surpreendeu enquanto estudávamos?

2.            Você já perdeu alguém que ama? O que você sente ao ouvir sobre a esperança da ressurreição?

3.            “Aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para todo o sempre” (Daniel 12:3). O que você tem feito para conduzir pessoas nesse caminho?

Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que nos esqueçamos como Deus tem nos conduzido no passado.

Ellen G. White