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A Última Festa [Ep.06/Temp. 02]

“Pelo contrário, tu te exaltaste acima do Senhor dos céus. Mandaste trazer as taças do templo do Senhor para que nelas bebessem tu, os teus nobres, as tuas mulheres e as tuas concubinas. Louvaste os deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não podem ver nem ouvir […]


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“Pelo contrário, tu te exaltaste acima do Senhor dos céus. Mandaste trazer as taças do templo do Senhor para que nelas bebessem tu, os teus nobres, as tuas mulheres e as tuas concubinas. Louvaste os deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não podem ver nem ouvir nem entender. Mas não glorificaste o Deus que sustenta em suas mãos a tua vida e todos os teus caminhos.” Daniel 5:23

Babilônia, 539 a.C. Cálices de vinho erguidos ao ar em meio a orgias em um bacanal. Uma cena deplorável de uma nobreza que se prostituía. Nabucodonosor descansa junto de seus antepassados, sepultado no cemitério real, há mais de vinte anos. Seu filho, Nabonido, agora é o novo rei de Babilônia. Nabonido dedica sua vida aos rituais babilônicos que seu pai havia descartado, e nomeia, como regente do Estado, Belsazar, seu filho, neto de Nabucodonosor.

Ao receber a notícia de que as tropas de Ciro se aproximavam de Babilônia, Belsazar organiza um banquete para mostrar que não havia temor em seu coração, afinal, as muralhas de sua cidade eram intransponíveis e seu sistema de defesa era invencível.

Naquela noite de outono a corte celebrava as memoráveis vitórias do império no decorrer dos anos. O que Belsazar não poderia saber é que ali ele seria traído por seu ego. O rei quis relembrar a vitória que seus antepassados obtiveram sobre o território de Judá e pediu para que fossem trazidos à sua presença os utensílios retirados do templo de Jerusalém por seu avô, Nabucodonosor. Belsazar planejava profanar esses objetos para mostrar que os seus deuses eram superiores e os ajudaria a repetir as vitórias do passado. Contudo ele ignorava que estava mexendo com o Deus errado.

De repente, sobre um dos castiçais, uma inscrição começa a ser gravada na parede: MENE MENE TEKEL PARSIN. A arrogância de Belsazar se converte, então, em covardia: “Seu rosto ficou pálido, e ele ficou tão assustado que os seus joelhos batiam e as suas pernas vacilaram” (Daniel 5:6). Diante de mais uma tentativa frustrada de interpretação dos sábios de Babilônia, Daniel foi convocado, novamente, diante do rei para fazer-lhe saber o que estava escrito:

“E este é o significado dessas palavras: Mene: Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim. Tequel: Foste pesado na balança e achado em falta. Peres: Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas” (Daniel 5:26-28).

Naquela mesma noite, a profecia da estátua começava a se cumprir. Um novo reino sucederia Babilônia. Aquela era a prova de que precisávamos para lembrar que Deus não apenas estava à frente do nosso destino, mas do futuro de toda a humanidade.

1.            De que maneira você enxerga Deus no controle da história? Dê exemplos.

2.            De que maneira você enxerga Deus no comando da sua vida? Dê exemplos.

3.            O que você tem feito para apresentar aos outros este Deus que está no controle da história do mundo e da sua?

Era o fim de um império em seu apogeu. Parecia impossível que o reino da Babilônia ruísse. Mas os decretos de Deus são irrevogáveis. Ele não está preso às probabilidades. Ele não é pego de surpresa pelo acaso. Ele não se atrasa ou se adianta. O exílio provou isso. Contrariando expectativas, anulando possibilidades, Ele cumpriu o que disse aos profetas na Babilônia e o fará novamente no tempo do fim.

[Continua...]

Deus está nas coincidências.

Nelson Rodrigues