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A Ilha [Ep. 08] O Silêncio

Leia Apocalipse 8:1-6 e você perceberá que, para nós que vivemos no século XXI, esta porção da Bíblia não parece fazer sentido. Contudo, um antigo tratado rabínico intitulado Tamid, que detalhava o ritual diário do templo de Jerusalém, pode nos ajudar a compreender melhor as imagens contidas nesta e em outras cenas do Apocalipse. Segundo […]


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Leia Apocalipse 8:1-6 e você perceberá que, para nós que vivemos no século XXI, esta porção da Bíblia não parece fazer sentido. Contudo, um antigo tratado rabínico intitulado Tamid, que detalhava o ritual diário do templo de Jerusalém, pode nos ajudar a compreender melhor as imagens contidas nesta e em outras cenas do Apocalipse.

Segundo o Tamid, diariamente um sacerdote era sorteado para oferecer o sacrifício pelos pecados do povo. Ao raiar do dia, quando a grande porta do Templo era aberta (cf. Ap 4:1), aquele sacerdote imolava um cordeiro (cf. Ap 5: 6-10) e derramava seu sangue nas bases do altar (cf. Ap 6: 9-11). Em seguida, o sacerdote pegava o incensário de ouro, o enchia com brasas ardentes retiradas do altar de sacrifício e entrava no templo para oferecer o incenso ao Senhor, sobre o altar de ouro. Enquanto isso, outro sacerdote atirava uma pá entre a entrada do templo e o altar de sacrifícios, interrompendo os cânticos do templo, causando um grande silêncio (Ap 8:1). Depois, sacerdotes tocavam trombetas (cf. Ap 8:2), assinalando o fim da cerimônia e o sacerdote que oferecia o incenso saía do templo para abençoar o povo no pátio exterior.

Em Apocalipse 8:4, o incenso representa as orações dos santos oprimidos (cf. Sl 141:1-2). O toque das trombetas no verso 5, nos recorda da intervenção divina nos episódios mais críticos da história do povo de Deus (cf. Js 6: 20; 2 Cr 13:1415), como também nos lembra do dia em que o Senhor julgará a Terra (Is 27:13; Jl 2:1; Sf 1:6). Agora o quebra-cabeças está montado e a imagem que aparece é a do juízo divino. Nós costumamos associar a intervenção final de Deus ao nosso trabalho, mas Apocalipse 8 deixa claro que o juízo não é uma resposta à nossa pregação, mas às nossas orações. O céu silencia para ouvir as orações agonizantes dos filhos de Deus. Não orações voltadas a receber coisas, mas orações que clamam por justiça, por salvação.

1. Nossas orações são o fator determinante para o juízo de Deus. Suas orações se parecem mais com uma lista de compras ou com uma carta de amor?

2. Costumamos dizer que muita oração gera muito poder. Mas poder para quê? Qual o nosso intuito em querer esse poder?

3. Quanto tempo faz que você não participa do culto de oração? Por quê? Como o nosso #pgmystyle pode ajudar a melhorar a realidade do culto da quarta?

“Por mais erudito que um homem seja, por mais perfeita que seja sua capacidade de expressão, mais ampla sua visão das coisas, mais grandiosa a sua eloquência, mais simpática sua aparência, nada disso toma o lugar do fervor espiritual. É pelo fogo que a oração sobe aos céus. O fogo empresta asas à oração, dando-lhe acesso a Deus [...]. Sem fogo não há incenso; sem fervor não há oração” (E. M. Bounds). Aguardamos você no próximo encontro para falarmos sobre a Guerra das Estrelas. Até lá!

Desafio Prático:

Comprometa-se com o seu #pgmystyle em assumir a responsabilidade de ajudar pelo menos uma quarta-feira por mês no culto de oração.

“A pregação pode sensibilizar pessoas; mas a oração move o coração de Deus

Leonard Ravenhill