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2.300 Tardes e Manhãs [Ep. 09 Temp. 2]

“Ele me disse: até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado.” Daniel 8:14 Dois anos se passaram desde que Daniel teve a visão das bestas no mar. Seu coração encheu-se novamente com a esperança de um futuro melhor, com o reino de Deus estabelecido, mas o profeta ainda estava cheio […]


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“Ele me disse: até duas mil e trezentas tardes e manhãs e o santuário será purificado.” Daniel 8:14

Dois anos se passaram desde que Daniel teve a visão das bestas no mar. Seu coração encheu-se novamente com a esperança de um futuro melhor, com o reino de Deus estabelecido, mas o profeta ainda estava cheio de inquietações. Ele viu um elemento adicional que não aparecera na visão de Nabucodonosor. Um chifre pequeno emergia da última fera de sua visão: “Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis” (Daniel 7:25). Para esclarecer as suas inquietações, ele foi acometido de uma nova visão da parte de Deus.

Desta vez ele viu dois animais, ao invés dos quatro, da visão anterior. Contudo os animais desta vez não eram feras selvagens, mas sim um carneiro e um bode. Embora a sucessão de reinos esteja aparecendo pela terceira vez nas visões de seu livro, esta é a primeira vez que o profeta é informado sobre quais reinos sucederiam Babilônia. O carneiro de sua visão representava o império medo-persa (Daniel 8:20); o bode, por outro lado, o império grego (Daniel 8:21).

Aquela visão trouxe ao profeta lembranças dos dias de sua juventude quando ainda estava em Jerusalém. Ele se recordou do templo de Deus e recordou que aqueles dois animais só apareciam juntos no santuário na principal festa do meu povo, o Yom Kippur, ou Dia da Expiação no idioma de vocês.

O Yom Kippur era o dia nacional do perdão, o dia em que o pecado era expiado do meio do povo e do templo de Deus. Neste dia comemoramos um novo ciclo de vida, um novo ano e ele simboliza uma nova criação. Ao ver o carneiro e o bode lutando em um contexto de purificação do santuário (Daniel 8:14), o profeta sabia que se tratava de algo relacionado com o fim dos tempos, com a nova criação.

Esta visão de Daniel o faz enxergar além de seu tempo. Seus olhos são direcionados para o tempo do fim numa profecia que se estenderia por 2300 dias proféticos, o equivalente a 2300 anos – como os antigos nos ensinaram, na profecia, cada dia equivale a um ano (Números 14:34 e Ezequiel 4:5-7).

Contudo, antes do desfecho da história, novamente um poder, opositor ao Senhor, desafia o príncipe do exército do Senhor e destrói o local do santuário. Nos dias do profeta Daniel, o santuário já não existia. A profecia apontava agora para um outro santuário, o santuário celestial, a morada do altíssimo. Em outras palavras, a guerra travada na terra tem impacto cósmico. Essa realidade era nova para Daniel, tudo aquilo era demais para ele entender.

Mais uma vez, o profeta Daniel permanece perplexo ante às suas visões. “Eu, Daniel, fiquei exausto e doente por vários dias. Depois levantei-me e voltei a cuidar dos negócios do rei. Fiquei assustado com a visão; estava além da compreensão” (Daniel 8:27). Seu coração estava cheio de inquietações. Contudo, grande parte destes mistérios, em breve lhe seriam revelados. [Continua...]

1.            Em uma escala de zero a dez, qual o seu nível de interesse no estudo das profecias? Qual a razão da sua resposta?

2.            A profecia das 2300 tardes e manhãs está intimamente relacionada com o surgimento da Igreja Adventista. Isso não seria um bom motivo para estudar essa profecia em particular?

3.            Assumindo que a profecia é importante, não seria uma boa dedicar tempo a estudá-la minuciosamente? Quando o nosso #pgmystyle poderia fazer isso?

Sou adventista por convicção e não por escolha.

George Knight